Durante dois dias jovens da capital e do interior debatem no Teatro Banzeiros as demandas da juventude portovelhense. As propostas debatidas na “3ª Conferência Municipal da Juventude”, realizada pela Prefeitura de Porto Velho, serão unificadas em um documento, que será discutido na Conferência Estadual, representada pelos 16 delegados que serão eleitos nesta etapa.
A conselheira do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente (Conedca), pela vaga da OAB, advogada Ana Valeska Duarte, esteve presente ao evento representando o presidente da OAB/RO Andrey Cavalcante, e ressalta a importância e necessidade de se debater temas que contribuam para o bom desenvolvimento dos jovens e, consequentemente da sociedade.
O coordenador municipal de Políticas Públicas para a Juventude, Bruno Eduardo, explicou que os debates envolvem sobre o que os jovens da capital rondoniense desejam e propõem fazer para mudar o município, o Estado e o País, nas mais diversas frentes de atuação.
Para facilitar a discussão existem 11 eixos temáticos, relacionados ao estatuto da juventude. “O que é que se pretende com isso, é trazer os jovens para discutir uma agenda positiva para a juventude, e que isso não fique apenas no debate. Queremos que os assuntos levantados sejam efetivamente transformados em políticas públicas, levando-se em conta o desenvolvimento do município, e também proporcionar a eles mais conhecimentos e potencializar as formas de expressão de cada um”, adiantou.
Mais de 200 jovens de estabelecimentos de ensino, movimentos sociais, igreja e outras segmentos, compareceram ao Teatro Banzeiros para dar sua contribuição à elaboração do documento da conferência. Eles foram divididos em grupos para discutir os eixos temáticos propostos pela Conferência nacional, que acontece em Brasília, de 16 a 19 de dezembro, e que faz parte do processo de construção do Plano Nacional de Juventude.
Eixos
Com o temática “As Várias Formas de Mudar o Brasil”, a conferência municipal debate temas como “Juventude e Participação”, “Juventude e Educação”, “Juventude e Trabalho”, “Juventude e Diversidade”, “Juventude e Saúde”, “Juventude e Cultura”, “Juventude, Comunicação e Liberdade de Expressão”, “Juventude, Esporte e Lazer”, “Juventude e Meio Ambiente”, “Juventude, Território e Mobilidade” e “Juventude, Segurança e Paz”, que são os 11 eixos elencados pela Conferência Nacional.
Bruno Eduardo lembrou que a participação é um direito fundamental dos jovens, daí a necessidade da realização da conferência para que eles tenham voz e voto na apresentação de propostas para a implementação de políticas públicas para o segmento. Ele afirmou ainda que desde muito antes da elaboração e aprovação do Estatuto da Juventude (Lei 12.852/2013), a participação estava entre os temas nos debates sobre políticas e direitos dos jovens.
“Por isso a Participação é um tema em discussão. A própria agenda sobre o tema nasceu da preocupação de incluir o jovem como sujeito político capaz de influenciar os rumos da sociedade. E nada mais justos do que eles próprios indicarem que projetos querem ver implementados e não esperar que apareça alguém, alheio a esse debate, com propostas que não vão de encontro ao que eles almejam”, frisou.
Sobre a educação, o coordenador da CMPPJ citou a “Agenda Juventude Brasil: Pesquisa Nacional sobre Perfil e Opinião dos Jovens Brasileiros 2013”, realizada pela Secretaria Nacional de Juventude (SNJ). O estudo aponta que os jovens brasileiros nutrem grandes expectativas acerca de suas trajetórias educativas.
O estudo indica que 42% dos pesquisados depositam seus sonhos de realização na construção de trajetórias educativas mais longas, crendo que suas vidas melhorarão porque terão melhores credenciais educativas e mais condições de inserção no mundo do trabalho.
“Esses são apenas dois dos 11 eixos em debate que mostram a importância deles serem discutidos diretamente com o público-alvo que é o principal interessado na execução de ações que contemplem as demandas que a próprio juventude nos mostra. E a administração do prefeito Mauro Nazif está aberta a esse segmento, aberta aos jovens para ouvi-los. E uma das demandas que a prefeitura já implementou foi a oferta de cursos profissionalizantes”, adiantou.
