Buscar em todo o site

Somente em agenda

Somente em comissões

Somente em galerias

Somente em publicações

Somente em setores

Somente em subseções

Somente em TED

Artigo: “A maioridade penal perdeu, mas a questão permanece”, por Andrey Cavalcante

Página Inicial / Artigo: “A maioridade penal perdeu, mas a questão permanece”, por Andrey Cavalcante

A proposta de redução da maioridade penal, contra a qual a OAB se posicionou desde o início dos debates foi derrotada na Câmara por cinco votos. O placar registrou 303 votos a favor e 184 contra, quando seriam necessários 308 votos favoráveis para a aprovação da emenda constitucional. Mas os parlamentares, lamentavelmente, passaram longe da necessária preocupação com a gravidade da situação da segurança pública no país, com o crescente consumo de drogas, criminalidade e violência dos jovens. Nem com a impunidade que aduba, ela sim, tudo isso. Nem com a histórica omissão do governo e da própria sociedade em relação ao problema.

A redução da maioridade teria que ser reprovada não por razões ideológicas, mas por contrariar cláusula pétrea da Constituição, “garantia fundamental inerente ao indivíduo, posta na Carta Constitucional como valor insuprimível. É cláusula pétrea, imune a qualquer proposta de reforma tendente a aboli-la”, como esclareceu o presidente nacional da OAB, Marcos Vinicius Furtado Coêlho em bem fundamentado artigo publicado em “O Estado de São Paulo”.
Mas, também, por tangenciar a questão, conforme já dissemos aqui em artigos anteriores. O problema reside na falta de certeza do castigo. Essa seria a bandeira correta a ser levantada. A solução da criminalidade exige educação de qualidade em período integral, para todos, prevenção e certeza do castigo previsto na lei. Esse é o caminho correto. Mas nada disso se faz no Brasil, que teima em seguir o errado.

A sociedade clama – e o surpreendente crescimento da chamada “bancada da bala” comprova isso – por uma solução para o problema da insegurança. E se revolta ao acompanhar a barbárie praticada por menores no noticiário da imprensa. Daí aceitar a ideia de que é preciso trancafiar os menores. Mas a realidade demonstra que, a não ser por alguns casos mais dramáticos e de forte apelo midiático, eles não seriam presos, ainda que fosse aprovada e vigesse a redução da maioridade penal. Simplesmente porque a polícia brasileira está sucateada e não apura nem 8% dos crimes, o que assegura impunidade prévia para os demais 92%, sejam eles praticados por menores ou adultos que, aliás, são maioria. Ou seja: “A redução da maioridade penal como solução de um problema social é a exploração do humano de consciência ingênua pelo humano demagogo”, como esclareceu o professor Luiz Flávio Gomes.

A redução da maioridade penal teria realmente que ser derrotada por ser ineficaz, inconstitucional e inócua. Por ser uma tentativa de passar ao público a ilusão de que algo de efetivo está sendo feito para o combate à criminalidade. Como esperar, afinal, que a lei possa punir os menores com a lei dos adultos, quando ela não os alcança? O que nossos parlamentares deveriam fazer, de fato, seria parar com essa pantomima, de apregoar a ilusão de que estão trabalhando para a busca das soluções e abordar com seriedade a questão. A derrota do projeto de redução da maioridade penal não é para ser comemorada, mas também não merece ser lamentada. Ela não deveria nem mesmo ter sido levada a plenário, de forma a poupar os parlamentares para tarefas mais ingentes e de abundante demanda congressual.

Há que se começar por aproveitar o momento e promover um amplo debate sobre a questão, de forma a mobilizar toda a sociedade em busca de soluções práticas, possíveis e realizáveis, considerada a penúria da realidade nacional. Sem vitimização e demagogia. É possível, por exemplo, mudar o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – conforme propõe o projeto de lei do senador José Serra, que eleva o tempo máximo de internação do menor infrator de três para dez anos. Está, portanto, bastante claro que a maioridade penal não é a dificuldade a ser superada, como escreveu em seu artigo o presidente nacional da Ordem: “O índice de reincidência entre os menores internados é um terço da reincidência entre os presos nas penitenciárias brasileiras. O percentual de adolescentes com 14 e 15 anos já chega a 40% dos internados. Todos estes dados evidenciam que a redução da maioridade para 16 anos não será uma aliada da sociedade no combate à violência. Não podemos perder nossos jovens para o crime. Devemos acolhê-los, não encarcerá-los”.

Andrey Cavalcante, presidente da OAB Rondônia

Fonte da Notícia: Andrey Cavalcante

Acessos Rápidos

Nenhum evento próximo encontrado.
Josué Henrique,/ Whatsapp (32172100) responsáveis

69 3217-2099 telefone
Emile Melissa responsável

69 3217-2108 telefone
Jane Paulino responsável

Luana Maia,David Lukas responsáveis

Kea Alexia responsável

Marcelo Marques,Shirley Vasconcelos responsáveis

Irlene França responsável

Marcelo Marques,Shirley Vasconcelos responsáveis

Ivanete Damasceno (Jornalista) responsável

Emile Melissa responsável

Khenia Medeiros,Cristiane Oliveira responsáveis

Dr. Cassio Vidal ,Dra. Saiera Silva responsáveis

Raianne Vitória,Livia Silva responsáveis

69 3217-2101 telefone
Raianne Vitória,Livia Silva responsáveis

69 3217-2100 telefone
Cristiane Lima responsável

Cristiane Oliviera,David Lukas responsáveis

Ana Flávia responsável

69 3217-2108 telefone
Josué Henrique,Filipe Aguiar,3217-2100 WhatsApp responsáveis

Isa Carneiro,Rosa Brilhante responsáveis

Luana Maia,Jéssica Delai responsáveis

69 3217-2123 telefone