A violência acompanha a humanidade desde o seu princípio e ao longo do tempo tem tomado diversas formas que jamais devemos menosprezar. Com tanta evolução na escalada humana chegamos a conclusão de que precisamos enfrentar a violência com envolvimento de toda a sociedade. Arrogância, sensação de impunidade, desestabilidade familiar, exclusão, ausência de perspectivas futuras, ausência do Estado, seja lá qual for o motivo devemos abraçar o Brasil, o Amapá, o bairro em que moramos com amor para que possamos vencer o medo com atitude.
Ninguém cerceia hoje uma criança com o imaginário, pois uma criança sabe o que é um assalto, já ouviu a expressão: “defunto”, desova. Como preservar ou fortalecer o desenvolvimento dos nossos filhos em tempos de violência nas escolas, onde um colega leva arma pra escola e tira a vida de outros colegas? Como enfrentar o cyber bullying que tem levado jovens ao isolamento, depressão e suicídio?
Para ganhar esse jogo urge envolvimento de todos nós: família, igreja, escola, segurança, cidadão comum… Há necessidade de que possamos mais do que refletir, ou criticar, é necessário atitude. A OAB Amapá lança nos dias 30 e 31 na sede da Ordem o projeto OAB vai à Escola.
Queremos dar nossa contribuição através de nossas comissões: Jovem Advocacia, Mulheres Advogadas, Assistência Social entre outras, juntamente com diversos parceiros, a exemplo da SEED, Policia Militar, CAESA, Secretaria da Juventude. Concordamos que a junção de forças e iniciativas como essa podem levar mais do que uma palavra, sobretudo uma resposta, ações concretas para abraçar o professor, o estudante e a comunidade na luta contra o que atinge e fere a sociedade. Sabemos que na luta do beija-flor contra o fogo reside o sentimento de cada um que faz a sua parte para melhorar esse mundo. Baden Power, inglês fundador do escotismo dizia “devemos deixar o mundo melhor do que o encontramos”.
Há muitos BP´s na vida fazendo o mesmo. Junte-se a nós, que desejamos um mundo mais solidário, mais cheio de paz, quer seja no pensar, no agir, no caminhar nas ruas.
Queremos conosco os indignados, os sôfregos, aqueles que oram, os que rezam, os que agem, os que protegem, os trabalhadores que no seu dia a dia buscam ir ao trabalho, voltar para casa todos os dias e no final do mês receberem o fruto do seu trabalho com a certeza de que não serão vilipendiados nas suas garantias constitucionais.
Queremos os que protegem, que dão a vida pelo próximo; que estão em sala de aula, cidadãos comuns, que já de alguma forma sofreram violência mas não desistiram das pessoas.
Vamos cultivar a cultura da paz e do amor ao próximo, sem as quais não teremos forças para mudar nossa triste realidade.
Paulo Campelo é presidente da OAB Amapá.
