Buscar em todo o site

Somente em agenda

Somente em comissões

Somente em galerias

Somente em publicações

Somente em setores

Somente em subseções

Somente em TED

Artigo: “advocacia, profissão de fé”, por Ibaneis Rocha

Página Inicial / Artigo: “advocacia, profissão de fé”, por Ibaneis Rocha

O sucesso de um advogado só lhe chega depois de muito esforço

Ibaneis Rocha, presidente da OAB/DF (Foto: OAB/DF)

Ibaneis Rocha, secretário adjunto do CFOAB (Foto: OAB/DF)

Nos dias atuais de intensa mobilização no combate à corrupção e na defesa da moralidade, não é demais lembrar o compromisso da advocacia com a liberdade de expressão e as garantias individuais, aí compreendendo os sagrados direito à defesa, ao contraditório e à presunção da inocência, sem os quais não haverá justiça.

Ainda assim, ainda não está livre o advogado da incompreensão de alguns quando está em discussão o dispositivo constitucional de que a inocência é, obrigatoriamente, presumida, até a decisão condenatória transitada em julgado. Vivemos tempos estranhos, e neste ponto recorro a uma frase repetida diante de situações em que tribunais admitem acusações genéricas e anônimas, aceitam provas pelo valor dos seus resultados, sem questionar como foram obtidas, prisões provisórias e temporárias são decretadas irrefletidamente e a quebra de sigilos tornou-se de aplicação corriqueira.

Recentemente, da boca de um desembargador (Paulo Espírito Santo, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região) saiu uma frase lapidar, típica da euforia condenatória – condenar de qualquer modo, condenar sempre – que passou a dominar os espíritos togados: “Eu perdoo o advogado que vem aqui defender clientes; essa é a função do advogado e a gente tem que perdoar.”

Creio que escapou ao desembargador a lembrança de que, no Brasil, a advocacia tem status constitucional de profissão indispensável à administração da Justiça e o advogado é responsável por zelar pela honra, a liberdade e o patrimônio das pessoas, indistintamente. Ou, na pior hipótese, quem sabe o desembargador faltou a esta aula.

Crimes e criminosos devem ser punidos, nos termos da lei, mas o direito de defesa é sagrado, assim reza o compromisso que o advogado jurou honrar até o fim. O que se defende é a pessoa humana, não o criminoso. Defende-se o presumido pecador, e não o pecado, para se fazer cumprir o preceito constitucional do devido processo legal e que se obtenha uma sentença justa. Mas acusar é sempre mais fácil do que defender, principalmente em países nos quais as injustiças sociais são profundas.

Histórias como estas servem para mostrar os espinhos dos quais o advogado precisa se desviar no exercício da profissão. Muitas vezes, a defesa da boa aplicação da justiça lhe custa diferentes formas de pressão, desde a coação psicológica até ameaças à integridade física.

O sucesso de um advogado só lhe chega depois de muito esforço. Na maior parte dos casos, o trabalho começa cedo e se estica até tarde da noite, com idas e vindas aos fóruns, construção de teses jurídicas, esperas – às vezes, intermináveis – em antessalas de juízes, audiências, telefonemas. E o mais importante fator: o cliente, que entende pouco os mecanismos e a lentidão do nosso sistema judicial e os pressiona a conseguir os melhores resultados no mais breve espaço de tempo.

Por tudo isso a advocacia merece ser homenageada neste 11 de agosto, que lembra o calendário ser a data na qual foram formalmente instituídos os primeiros cursos jurídicos no país, em São Paulo e Olinda, no longínquo ano de 1827. Foram eles o embrião de uma profissão que, penso eu, deve ser exercida por pessoas de espírito jovem, repletas de sonhos, não importa a data de nascimento que consta na carteira de identidade.

Porém, mais do que apenas juventude na alma, o advogado deve ter coragem. Sem coragem, um advogado será incapaz de fazer justiça. E sem justiça não existe sociedade civilizada. Ditadores, imperadores, tiranos e pessoas autoritárias de forma geral miram, sempre, os advogados como seus principais desafetos. E tentam calar a sua voz, das maneiras mais vis e dissimuladas quando seus interesses são contrariados. Por quê? Porque o advogado é a antítese do abuso de poder.

Fonte da Notícia: Ibaneis Rocha - secretário-geral adjunto do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)

Mais Publicações

Acessos Rápidos

Nenhum evento próximo encontrado.
Josué Henrique,/ Whatsapp (32172100) responsáveis

69 3217-2099 telefone
Emile Melissa responsável

69 3217-2108 telefone
Jane Paulino responsável

Luana Maia,David Lukas responsáveis

Kea Alexia responsável

Marcelo Marques,Shirley Vasconcelos responsáveis

Irlene França responsável

Marcelo Marques,Shirley Vasconcelos responsáveis

Ivanete Damasceno (Jornalista) responsável

Emile Melissa responsável

Khenia Medeiros,Cristiane Oliveira responsáveis

Dr. Cassio Vidal ,Dra. Saiera Silva responsáveis

Raianne Vitória,Livia Silva responsáveis

69 3217-2101 telefone
Raianne Vitória,Livia Silva responsáveis

69 3217-2100 telefone
Cristiane Lima responsável

Cristiane Oliviera,David Lukas responsáveis

Ana Flávia responsável

69 3217-2108 telefone
Josué Henrique,Filipe Aguiar,3217-2100 WhatsApp responsáveis

Isa Carneiro,Rosa Brilhante responsáveis

Luana Maia,Jéssica Delai responsáveis

69 3217-2123 telefone