Fake News é o termo em inglês para “notícia falsa”. O vocábulo originou-se nos tradicionais meios de comunicação, contudo, espalhou-se para a mídia virtual, onde reside o grande perigo, ante a velocidade da divulgação, e o alcance incontável de pessoas.
Aquele que utiliza mídias on-line, sites e redes sociais, certamente já se deparou com notícias falsas, ainda que não tenha atentado que se tratava de uma fake News, pois no ambiente virtual, elas são rapidamente compartilhadas e propagadas.
Por ser a internet o veículo mais utilizado para busca de informações, e as notícias – sejam elas falsas ou não – são, em muitos casos, deduzidas por verdadeiras, levando inclusive à formação de opinião, a fake News tem se tornado uma preocupação global. É incontestável os inúmeros benefícios que a internet nos proporcionou, facilitando nosso trabalho, nossa forma de nos relacionar, dentre tantas outras vantagens.
Não obstante, precisamos nos conscientizar da responsabilidade enquanto usuários da rede de comunicação, pois foi por meio desta que passamos a ter voz – e vez – nas redes sociais, modificando até mesmo nosso papel enquanto sociedade.
E com a aproximação das eleições, as fake news estão a todo vapor. De maneira tal, que o tema tem sido tratado com preocupação até mesmo pelo Tribunal Superior Eleitoral, a ponto se mobilizar para combater e inibir as “notícias falsas” nas campanhas eleitorais do corrente ano. Foi criada pelo TSE uma comissão de estudos que busca, em conjunto ao Ministério Público, investigar a propagação da fake news na internet.
O Presidente daquela Corte, Ministro Luiz Fux, assegurou que após as averiguações, será instaurado o procedimento preparatório eleitoral – PPE, para reunir informações e apurar a prática de abusos na produção de notícias. Segundo estudos realizados da Fundação Getúlio Vargas – FGV, durante as eleições de 2014 três candidatos à Presidência da República, teriam se utilizado de “robôs” para propagar material de campanha.
Precisamos nos conscientizar da necessária criação do hábito de pesquisa da fonte. Cabe a cada um de nós o dever de conferir qualquer informação antes de compartilhá-la, pois essas “notícias falsas” podem tanto prejudicar, como beneficiar um candidato, e ainda confundir o eleitor com informações diversas.
*Aisla Carvalho é advogada criminalista, presidente da Abracrim-RO