Buscar em todo o site

Somente em agenda

Somente em comissões

Somente em galerias

Somente em publicações

Somente em setores

Somente em subseções

Somente em TED

Artigo: ‘Chega de soluções fáceis”, por Andrey Cavalcante

Página Inicial / Artigo: ‘Chega de soluções fáceis”, por Andrey Cavalcante

O governo federal tem apostado todas as fichas e poder de convencimento junto à precariedade de sua bancada de apoio parlamentar, que vem se equilibrando graças a mimos e agrados os mais diversos para aprovar o que considera ser a mãe de todas as reformas da atual gestão, a da Previdência. O presidente da república e cada um de seus ministros entoam em coro afinado o bordão: “Ou o país reforma a Previdência ou quebra junto com ela”. Estão enganados. A começar por uma realidade incontrastável: o que conduz o país à quebradeira generalizada é, antes, a imprevidência dos governantes, os favorecimentos, o conluio, os privilégios, a incompetência, deliberada ou não, e a corrupção generalizada. A Previdência é apenas o elo fraco dessa corrente, porque destinada à parte frágil da população, e desviada de seus fins constitucionais para – como em todos os demais setores da administração pública – favorecer o enriquecimento fácil de uma casta, enquanto a vergasta sibila lanhos nos costados dos mais humildes. A própria previdência concentra, nos pagamentos milionários a perto de um milhão de servidores públicos civis e militares, mais recursos que os destinados aos demais 25 milhões de aposentados do setor privado.

É um retrato do Brasil, pois não? De um país que se acostumou a entender o provisório como definitivo, como as “contribuições provisórias”, enquanto o que era para ser definitivo, como as cláusulas pétreas da constituição da república, não resiste à transitoriedade das soluções fáceis. Qualquer ato de rebeldia, qualquer contestação é rebatida não com argumentos, mas com ameaças: “O sistema está quebrado”, ou “Daqui a poucos anos o governo não vai conseguir pagar”, ou “A população está envelhecendo”, ou ainda, mais grave, “É isso ou o aumento de impostos”. Essa última, então, é uma desbaratada falácia. O governo sabe que não pode aumentar a carga tributária: a capacidade de pagamento está exaurida e um novo imposto, antes de ampliar a arrecadação, vai aumentar exponencialmente a sonegação, a quebradeira de empresas e o desemprego. Além de provocar profunda reação do eleitorado, a única punição que a classe política realmente teme. A OAB nacional não é preliminarmente contra a reforma da Previdência. A manifestação que a Ordem e mais 160 entidades estão convocando para esta terça-feira, dia 14 é por uma Reforma da Previdência justa.

Será entregue aos parlamentares no congresso a “Carta Aberta sobre a Reforma da Previdência”, texto elaborado pelas instituições, na defesa de um debate aberto com a sociedade sobre a reforma. Para que não sejam admitidos retrocessos na proposta governamental. É preciso que a proposta da PEC 287/2016 seja discutida democraticamente com a sociedade, para análise de estudos econômicos, atuariais e demográficos completos, a fim de que se dê a devida transparência aos dados da Seguridade Social. O presidente nacional da OAB, Cláudio Lamachia, convoca a advocacia brasileira para um debate amplo com todos os setores envolvidos, em busca de uma proposta justa para a Reforma da Previdência. É preciso deixar demonstrado que é tecnicamente possível realizar a reforma sem os inaceitáveis retrocessos sociais. Sem penalizar exclusivamente os mais fracos. Ele considera que a proposta governamental envolve novos limites e um tempo de contribuição incompatível, que irá obrigar as pessoas a contribuir ao longo de toda uma vida sem conseguir chegar à tão sonhada aposentadoria.

A “Carta Aberta sobre a Reforma da Previdência” elaborada pela a OAB e 160 entidades, considera que o texto da PEC está fundamentado em premissas equivocadas e contem uma série de abusos contra os direitos sociais. Ela tem sido apresentada pelo governo sob discurso de catástrofe financeira e “déficit”, que não existem. Evidencia-se aí grave descumprimento aos artigos 194 e 195 da Constituição Federal, que insere a Previdência no sistema de Seguridade Social, juntamente com as áreas da Saúde e Assistência Social, sistema que tem sido, ao longo dos anos, altamente superavitário em dezenas de bilhões de reais. O governo tem desviado anualmente considerável parcela desses recursos, principalmente para pagamento de juros da dívida pública jamais auditada, como manda a Constituição, através da DRU (Desvinculação de Receitas da União), majorada para 30% em 2016. É preciso que o Governo Federal divulgue com ampla transparência as receitas da Seguridade Social, computando todas as fontes de financiamento previstas no artigo 195 da Constituição Federal. E demonstre ainda o impacto anual da DRU, as renúncias fiscais que têm sido concedidas, a desoneração da folha de salários e os créditos tributários previdenciários que não estão sendo cobrados.

Fonte da Notícia: Andrey Cavalcante, presidente da OAB/RO

Mais Publicações

Acessos Rápidos

Nenhum evento próximo encontrado.
Josué Henrique,/ Whatsapp (32172100) responsáveis

69 3217-2099 telefone
Emile Melissa responsável

69 3217-2108 telefone
Jane Paulino responsável

Luana Maia,David Lukas responsáveis

Kea Alexia responsável

Marcelo Marques,Shirley Vasconcelos responsáveis

Irlene França responsável

Marcelo Marques,Shirley Vasconcelos responsáveis

Ivanete Damasceno (Jornalista) responsável

Emile Melissa responsável

Khenia Medeiros,Cristiane Oliveira responsáveis

Dr. Cassio Vidal ,Dra. Saiera Silva responsáveis

Raianne Vitória,Livia Silva responsáveis

69 3217-2101 telefone
Raianne Vitória,Livia Silva responsáveis

69 3217-2100 telefone
Cristiane Lima responsável

Cristiane Oliviera,David Lukas responsáveis

Ana Flávia responsável

69 3217-2108 telefone
Josué Henrique,Filipe Aguiar,3217-2100 WhatsApp responsáveis

Isa Carneiro,Rosa Brilhante responsáveis

Luana Maia,Jéssica Delai responsáveis

69 3217-2123 telefone