Buscar em todo o site

Somente em agenda

Somente em comissões

Somente em galerias

Somente em publicações

Somente em setores

Somente em subseções

Somente em TED

Artigo: “Depois da greve”, por Mansour Karmouche

Página Inicial / Artigo: “Depois da greve”, por Mansour Karmouche

Mansour Karmouche. (Foto: Reprodução/OAB-MS)

A greve dos caminhoneiros mexeu com o País. Mesmo sabendo que por ora o quadro de caos tenha se dissipado, não há como negar que conseqüências graves ainda virão. Como uma pedra jogada nas águas calmas de um lago, pouco a pouco as ondas criadas reverberam até as margens, numa relação de causa e efeito, gerando imprevisibilidade e aumentando as incertezas.

No momento, não há sinais claros de que o movimento gigantesco que quase paralisou a base econômica do Brasil tenha sido superado. A tensão permanece latente, talvez esperando acontecimentos extemporâneos para retornar com mais força nos próximos meses. A hora que vivemos é estranha e nebulosa. Pior: não há lideranças nem partidos que possam garantir um debate racional em busca de caminhos e soluções perante uma maioria insatisfeita e revoltada.
O que se sabe é que uma greve como essa não somente causa ruína política ao governo de plantão, mas machuca profundamente toda a sociedade, deixando rastros crescentes de problemas que empobrecerá ainda mais o País.

Hoje sabemos mais sobre a natureza desse movimento e quais foram suas motivações iniciais. Está claro que houve uma combinação de locaute de empresários com o drama vivido por milhares de caminhoneiros por causa do aumento do diesel combinado com a queda do valor do frete. Lateralmente, ficou provado que a aposta predominante em rodovias foi um equívoco estratégico dos governos.

Também ficou claro que o Brasil fez a escolha errada em período recente, subsidiando compra de caminhões ao custo de R$ 34 bilhões de recursos públicos, promovendo uma anomalia no mercado de transporte rodoviário, ou seja, criando um excesso de oferta que se agravou à medida que, concomitantemente, havia queda na produção e venda de produtos.

Mesmo assim, não há como tergiversar sobre o fato de que o movimento dos caminhoneiros exacerbou-se à medida que perdeu sua legitimidade quando as reivindicações transformaram-se em chantagem pura e simples.

Com isso, o sagrado direito de ir e vir da população foi atingido em cheio. Não há como aceitar que uma questão que demandava solução pelo diálogo e pela evocação do espírito público fosse transformada numa disputa renhida entre uma categoria sem lideranças visíveis e um governo notabilizado pela tibieza de seus principais representantes.

O que a OAB pediu naquele momento foi nada mais nada menos do que a garantia de direitos e a manutenção da ordem pela via democrática. Mas não foi isso que aconteceu: assim que empresários e caminhoneiros viram o centro do poder rendido aos seus pés, passaram a tripudiar sobre os frangalhos exigindo o cumprimento de uma pauta política totalmente despropositada, juntando no mesmo pacote a renúncia do presidente e uma intervenção militar.

Noutras palavras, quando uma reivindicação econômica eivada de razoabilidade se transforma numa transgressão institucional, cujos objetivos resvalam para a criminalidade, não há como evitar que se recoloque o debate num plano crítico de contraposição ao populismo e ao autoritarismo.

O interesse da sociedade deve prevalecer nesses casos, mesmo porque, no fim das contas, quem pagará por isso seremos todos os brasileiros, já extensamente maltratados por uma das mais longas e danosas recessões da história.

A Ordem está tirando lições importantes desse processo. Sempre defenderemos a justiça em nome da qual se promove a paz social, não permitindo que a barbárie prevaleça sobre a civilização.

Fonte da Notícia: Mansour Karmouche, presidente da OAB/MS

Mais Publicações

Acessos Rápidos

Nenhum evento próximo encontrado.
Josué Henrique,/ Whatsapp (32172100) responsáveis

69 3217-2099 telefone
Emile Melissa responsável

69 3217-2108 telefone
Jane Paulino responsável

Luana Maia,David Lukas responsáveis

Kea Alexia responsável

Marcelo Marques,Shirley Vasconcelos responsáveis

Irlene França responsável

Marcelo Marques,Shirley Vasconcelos responsáveis

Ivanete Damasceno (Jornalista) responsável

Emile Melissa responsável

Khenia Medeiros,Cristiane Oliveira responsáveis

Dr. Cassio Vidal ,Dra. Saiera Silva responsáveis

Raianne Vitória,Livia Silva responsáveis

69 3217-2101 telefone
Raianne Vitória,Livia Silva responsáveis

69 3217-2100 telefone
Cristiane Lima responsável

Cristiane Oliviera,David Lukas responsáveis

Ana Flávia responsável

69 3217-2108 telefone
Josué Henrique,Filipe Aguiar,3217-2100 WhatsApp responsáveis

Isa Carneiro,Rosa Brilhante responsáveis

Luana Maia,Jéssica Delai responsáveis

69 3217-2123 telefone