Buscar em todo o site

Somente em agenda

Somente em comissões

Somente em galerias

Somente em publicações

Somente em setores

Somente em subseções

Somente em TED

Artigo: “Discussão da reforma”, por Andrey Cavalcante

Página Inicial / Artigo: “Discussão da reforma”, por Andrey Cavalcante

Andrey Cavalcante, presidente da OAB Rodônia

É preciso promover um amplo debate sobre a reforma da Previdência. Sem o partidarismo sectário das oposições, que encontram na discussão uma oportunidade para a cabala de votos na busca de recuperação do respaldo popular perdido. Mas igualmente afastado do catastrofismo de representantes governamentais, como o secretário de Previdência do Ministério de Fazenda, Marcelo Caetano. Para ele, o governo tem interesse em manter o máximo possível a proposta original. Se começarem a mudar muito, pode arrefecer bastante os ganhos e forçar uma reforma muito forte “lá na frente”. Mudanças mais drásticas na proposta original do governo vão gerar “muita dificuldade de pagar os benefícios” aos segurados e farão com que os impactos positivos para as contas do governo sejam menores. É um discurso cuidadosamente ensaiado, que aponta para uma hecatombe apocalíptica de todo o sistema previdenciário e até mesmo do esforço pela recuperação da economia. Mas estabelecido com base em premissas falsas e ao arrepio da Constituição e das leis.

É o que deixa claro a carta aberta sobre a reforma da previdência distribuída pela OAB nacional após reunião em Brasília com os membros de comissões de direito previdenciário de todo o país, juntamente com outras 27 entidades representativas de categorias profissionais. Juristas, médicos, auditores fiscais e engenheiros, entre outros, acreditam que a proposta do governo está fundamentada em premissas erradas e contém inúmeros abusos contra os direitos sociais. As mudanças, “desfiguram o sistema da previdência social conquistado ao longo dos anos e dificulta o acesso a aposentadoria e demais benefícios à população brasileira que contribuiu durante toda a sua vida”. Um dos pontos de discordância é justamente a base da PEC 287/2016: a falência do sistema, na qual se ampara toda a argumentação governamental. Para a OAB, o propalado rombo da Previdência não existe.

Tal argumentação desnuda grave descumprimento à Constituição, que insere a Previdência no sistema de Seguridade Social, juntamente com as áreas da Saúde e Assistência Social – sistema que tem sido, ao longo dos anos, altamente superavitário em dezenas de bilhões de reais. As entidades que assinaram a carta com a OAB – entre elas o Conselho Federal de Economia (Cofecon), a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip) e a Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais (Anafe) – criticam também o mecanismo de Desvinculação de Receitas da União (DRU), que destina 30% dos recursos da Seguridade Social para outros fins, “especialmente para o pagamento de juros da dívida pública, que nunca foi auditada, como manda a Constituição”.

Ou seja: artificializa-se a composição do déficit para destiná-lo aos costados da população. E ainda dizem evitar a criação de novos impostos para promover a recuperação da economia. Isso inclusive é mais uma falácia, porquanto o governo sabe que, esgotada a capacidade de pagamento da elevada carga tributária, a arrecadação acaba comprometida por uma avalanche de falências e pela marginalização das atividades produtivas. A OAB e demais entidades exigem, ademais, que o governo federal divulgue “com ampla transparência” as receitas da Seguridade Social, “computadas todas as fontes de financiamento previstas no artigo 195 da Constituição Federal, sem deixar de apresentar o impacto anual da DRU, as renúncias fiscais concedidas, a desoneração da folha de salários e os créditos tributários previdenciários não cobrados”. As entidades querem a realização de um amplo debate sobre a PEC 287. Às claras, sem desvios, evasivas ou subterfúgios.

É preciso que o governo demonstre definitivamente coragem para enfrentar o problema e não apenas optar pelo caminho mais fácil de destinar a  ponta fina do chicote à população. De início foram listados abusos no projeto. Entre eles, a exigência de idade mínima de 65 anos para aposentadoria de homens e mulheres, a necessidade de o contribuinte ter 49 anos de contribuição para ter acesso ao benefício integral, a redução do valor geral das aposentadorias, a precarização da aposentadoria do trabalhador rural e o fim da aposentadoria especial para professores. Além disso, o Conselho da OAB considera abusivas as propostas de pensão por morte e benefícios assistenciais abaixo de um salário mínimo e a cumulação da pensão com a aposentadoria. O texto também é crítico ao aumento da idade mínima exigida para recebimento do benefício assistencial de prestação continuada, o BPC, que o governo pretende passar de 65 para 70 anos. As regras para a aposentadoria dos trabalhadores expostos a agentes insalubres foram definidas pelo conselho como “inalcançáveis”.

Fonte da Notícia: Andrey Cavalcante, presidente da OAB/RO

Mais Publicações

Acessos Rápidos

Nenhum evento próximo encontrado.
Josué Henrique,/ Whatsapp (32172100) responsáveis

69 3217-2099 telefone
Emile Melissa responsável

69 3217-2108 telefone
Jane Paulino responsável

Luana Maia,David Lukas responsáveis

Kea Alexia responsável

Marcelo Marques,Shirley Vasconcelos responsáveis

Irlene França responsável

Marcelo Marques,Shirley Vasconcelos responsáveis

Ivanete Damasceno (Jornalista) responsável

Emile Melissa responsável

Khenia Medeiros,Cristiane Oliveira responsáveis

Dr. Cassio Vidal ,Dra. Saiera Silva responsáveis

Raianne Vitória,Livia Silva responsáveis

69 3217-2101 telefone
Raianne Vitória,Livia Silva responsáveis

69 3217-2100 telefone
Cristiane Lima responsável

Cristiane Oliviera,David Lukas responsáveis

Ana Flávia responsável

69 3217-2108 telefone
Josué Henrique,Filipe Aguiar,3217-2100 WhatsApp responsáveis

Isa Carneiro,Rosa Brilhante responsáveis

Luana Maia,Jéssica Delai responsáveis

69 3217-2123 telefone