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Artigo: “Trinta e oito anos de Cacoal (ou Cacual)?”, por Francisco Reginaldo Joca

Página Inicial / Artigo: “Trinta e oito anos de Cacoal (ou Cacual)?”, por Francisco Reginaldo Joca

Francisco Reginaldo Joca é conselheiro federal da OAB/RO

Francisco Reginaldo Joca é conselheiro federal da OAB/RO

Querido povo de Cacoal: como vocês podem ler no título destas ligeiras reflexões, escrevi CACOAL (ou CACUAL) a propósito para que todos os residentes, nascidos ou não nesta linda cidade e município possam saber hoje o porquê desta dupla grafia do nome atribuído a Cacoal.

Porém, seguindo a frase acima, quero registrar ‘a priori’, nesta data (26/11/2015) que Cacoal completa 38 anos de emancipação político-administrativa, e por isso felicito e parabenizo cada um dos cacoalenses que tem contribuído com seu laborioso trabalho para produzir a riqueza e o progresso desta cidade. Sempre que cada pessoa aqui nascida ou residente, ou qualquer turista que se aproxima de Cacoal pela BR 364, de dia ou à noite, vindo de Ji-Paraná ou Pimenta Bueno, sente-se fascinado pela imagem do seu traçado urbano, com casas e edifícios corretamente distribuídos, obedecendo traçado urbano compacto com ruas e avenidas paralelas e perpendiculares e ornada com frondosas árvores. A primeira visão encanta, fascina e atrai. Quem a visita e conhece seu povo e seu vertiginoso progresso, jamais a esquece. Todos se surpreendem quando são informados que Cacoal é tão jovem e já exibe tanta riqueza e progresso.

Para satisfazer a curiosidade de todos que desejam saber o porquê de ser tão jovem e ostentar tanto pregresso e riquezas, como ela pôde crescer tanto em tão pouco tempo localizada no interior da chamada Amazônia Legal. Como testemunha viva do seu nascimento e um dos dirigentes do seu glorioso destino, posso assegurar que antes do seu nascimento real com esse nome atual em 1972, ela não existia nem nos sonhos do paraibano Anisio Serrão de Carvalho, seringalista e proprietário do Seringal CACUAL (daí a grafia original com U). Desde da primeira metade do Século XX até final de 1972, “CACUAL” era apenas um seringal de propriedade Anisio Serrão de Carvalho com aproximados 100.000 hectares de extensão, com Carta de Aforamento registrada em Humaitá – AM, localizado na margem direita do Rio Machado, do Riozinho (Km 470 da Br. 364) até o Igarapé Grande (Km 520), com extensão em direção a oeste até a divisa do Estado de Mato Grosso. O Seringal ‘Cacual’ era riquíssimo em terras férteis, cobertas por floresta densa e rica em espécies de madeiras nobres como, por exemplo, mogno e cerejeira, seringueiras e cacau nativo, daí o motivo de Anísio Serrão ter atribuído o nome do seu seringal como sendo CACUAL pelo fato da existência de enorme quantidade de cacau nativo.

Quando o Governo Brasileiro desapropriou o Seringal “Cacual” em 1971/1972 para criar no local um projeto de colonização para assentamento agricultores, atribuiu ao INCRA a obrigação de demarcar e assentar 4000 famílias de agricultores em lotes de 100 hectares). Assim nasceu o PROJETO INTEGRADO DE COLONIZAÇÃO GY-PARANÁ com sede no quilômetro 485, na margem esquerda do Igarapé Pirarara, hoje se localiza o bairro do INCRA e a UNESC.

Em 1973, caminhões carregados de famílias de agricultores sem terra oriundos do leste, centro e sul do Brasil se deslocavam para Rondônia, principalmente para o Projeto de Colonização Ouro Preto já criado em 1971/1972. Quando os caminhões paravam do Bar Esporte de propriedade de Teodomiro Nonato de Oliveira onde hoje é o início da avenida Sete de Setembro, descobriam que havia um Projeto novo em que o INCRA iria começar a distribuir lotes. Centenas de famílias se aglomeravam no entorno do Bar do Esporte, descarregavam os caminhões, armavam barracos de madeira sem alinhamento e procuravam o INCRA na esperança de obter lotes. Assim nasceu um aglomerado urbano desordenado, sem nome e dono. Era cada família por si na esperança de obter o seu quinhão de terra para produzir. Vários nomes da vila nascente foram inicialmente atribuídos espontaneamente pelos novos moradores: Nova Brasília, Nova Cassilândia e CACOAL foram os mais destacados. Todas as noites, o cearense Geremias José de Lima usava seu microfone potente de dia e de noite para fazer propaganda do seu Hotel dos Viajantes, como se fosse uma pequena emissora local com alto-falantes em vários locais da Vila para atrair fregueses, divulgar informações de interesse de qualquer morador, uma vez que não havia correio nem telefone. Geremias tinha uma voz tonitruante assim como a de Cid Moreira. Todas as noites até às 22h, sua voz ribombava noite a dentro e penetrava a floresta escura fazendo-se ouvir longe pelo novos moradores. Ele era o dono da noite, era a única voz ouvida longe e lá da sede do Projeto distante 1 km do seu alto-falante, ele dirigia uma mensagem de despedida a todos e especialmente a mim ele repetia todas as noites: ” meu boa noite vai também lá para o meu amigo ‘Reginal’, nosso chefe lá do INCRA. E aqui se despede mais uma vez A VOZ DE NOVA CASSILÂNDIA”, outras vezes dizia, “ A VOZ DE NOVA BRASÍLIA”, e também, “A VOZ DE CACOAL”. Finalmente em princípio de 1973 foi estabelecido consenso entre os moradores que o nome da vila seria CACOAL.

Agora que todos já sabem como nasceu CACOAL, só resta enfatizar que, primeiro ocorreu a implantação do PROJETO INTEGRADO DE COLONIZAÇÃO GY-PARANÁ iniciado em 1972 com a assentamento de agricultores nas linhas 2 a 14, linhas 17 a 45 do setor Abaitará e linhas 208 a 160 do setor Rolim de Moura. Depois, em 1973, é que a vila começou no entorno do bar Esporte. Quando os caminhões paravam do Bar Esporte de propriedade de Teodomiro Nonato de Oliveira, o PIC GY-PARANÁ já estava instalado desde 1972.

Hoje, decorridos estes 38 anos só resta parabenizar os pioneiros desbravadores que, com seu suor e labor profícuo, rasgaram o ventre da floresta, plantaram e produziram riquezas que fazem o progresso do Município merecer destaque no Estado de Rondônia e em todo Brasil. Com o mesmo vigor da área rural, o comércio, a prestação de serviços e as indústrias promoveram o desenvolvimento vertiginoso da cidade, merecendo destaques elogiosos de todos os nela residem ou visitam.

Parabéns POVO DE CACOAL!! O teu passado de lutas e glórias resultou na beleza singular que hoje ostentas, e prenuncia que terás um futuro cada vez mais glorioso para orgulho dos teus filhos !!

Francisco Reginaldo Joca

Ex- Prefeito de CACOAL – Advogado

 

 

 

Fonte da Notícia: Francisco Reginaldo Joca

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