Pois bem, diariamente os Advogados são alvo preferencial da patrulha da “moralidade”. Questionam e julgam esse profissional, que é essencial à Administração da Justiça, sempre que o fato em questão envolve crimes de corrupção, ou outros crimes infames.
Misturam o Advogado com o criminoso, inclusive com ilações quanto a honorários, e os motivos que o levam a defender alguém.
Primeiro: Críticas ao Advogado só duram até a pessoa precisar de um;
Segundo: Advogado é uma profissão nobre e tem por dever defender a Constituição;
Terceiro: Todos, absolutamente todos têm direito a Defesa, tudo fora disso é autoritarismo;
Quarto: Ao invés de criticar Advogados, os cidadãos moralistas, corajosos, e que querem mudar alguma coisa, poderiam também entender e estudar sobre os privilégios dos Juízes e Promotores.
Quinto: Com mesma coragem, os moralistas, que criticam os advogados, deveriam ter a mesma força argumentativa para questionar salários do funcionalismo público que excedem o teto Constitucional, pois isso sim, afronta os direitos coletivos, e é de interesse de todos, pois a máquina pública é financiada com impostos;
Sexto: A origem dos honorários advocatícios vem do trabalho executado em prol do direito alheio.
Essa modinha de criticar Advogado e Políticos, vem da covardia de expressar a mesma opinião acerca dos demais serviços públicos, como Judiciário e Ministério Público e outros mais. Todos que criticam, querem na verdade serem bem vistos por incautos, e não magoar poderosos; então, entender a função de cada um dentro do sistema, vai evitar que vocês, moralistas de plantão, passem vergonha ao expressar opiniões tão desprovidas de força argumentativa e de total falta de conhecimento da realidade em que estão todos inseridos.