O isolamento social é umas das medidas de prevenção à saúde para enfrentamento da pandemia da Covid-19, porém a violência doméstica contra a mulher, a criança e o adolescente neste período é motivo de preocupação e foi tema de uma videoconferência nacional na Ordem dos Advogados do Brasil, organizada pela Comissão da Mulher Advogada (CMA) – Seccional Pernambuco, o Instituto Maria da Penha e o Grupo Mulheres de Visão, nesta quarta-feira (15).
Coordenando a mesa de discussões da região Norte, a presidente da Comissão da Mulher Advogada da Seccional Rondônia, Karoline Monteiro, fez a moderação do debate com a assistente social, especialista em violência doméstica contra crianças e adolescentes, Maria Inês Soares de Oliveira e a delegada de Polícia Civil do estado do Acre há 10 anos, Juliana de Angelis Carvalho.
Entre os pontos do debate estavam questões como o aumento da dificuldade em denunciar e o aumento dos casos. Para o presidente da Seccional Rondônia da OAB, Elton Assis, o enfrentamento à violência é uma questão universal que não pode ser deixada de lado, em qualquer que seja a situação. “Toda a sociedade está tendo que se adaptar ao momento que o mundo vive hoje. Nós temos que continuar atuando fortemente para que os direitos dos cidadãos sejam respeitados e todas as vozes sejam ouvidas. Se a tecnologia é o canal para que as discussões não parem, então também estamos presentes e atuante nesse debate”.
Para a presidente da CMA Rondônia, o enfrentamento a violência é um grande desafio que a rede de atendimento tem encontrado. “Encontros dessa natureza são importantíssimos, porque proporcionam a união de todas as regiões do país de forma a averiguar cada realidade local, articulando estratégias conjuntas e colaborativas”.
A reunião propiciou a definição de trabalhos em apoio à causa com o monitoramento dos índices em cada Estado para a cobrança de políticas públicas, e ações como a disponibilização de registro de ocorrência online.
O evento contou com a contribuição nos debates da presidente nacional da CMA, Daniela Borges, da farmacêutica bioquímica que inspirou a lei, Maria da Penha, da atriz, empresária e ativista, Luíza Brunet, entre outras.