Na tarde desta quarta-feira (19), atendendo a um pedido extraordinário, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rondônia (OAB/RO), Andrey Cavalcante, realizou a entrega de uma credencial para o agora advogado Célio Javoski Gomes.
Célio é deficiente físico e sofre de uma doença degenerativa que não o impediu de realizar o sonho de ser advogado. Com muito esforço e com apoio incondicional de sua esposa, Dione de Oliveira Lima Javoski, concluiu o curso de direito e agora integra os quadros da Ordem.
“Dedico, este acontecimento, muito importante em minha vida, a minha esposa, que sempre cuidou de mim no passado, quando tinha boa saúde, pois sem a total ajuda dela, hoje eu nem estaria vivo, quanto mais conseguiria receber a carteira da Ordem”.
Ao receber a sua credencial das mãos do presidente da OAB/RO, Célio fez questão de enfatizar os motivos que o fizeram trilhar o caminho da advocacia: “há cerca de 15 anos, como servidor da Polícia Federal, acompanhei uma defesa do senhor, presidente Andrey, em favor das prerrogativas de seu cliente. A partir de então, passei a respeitá-lo e admirar mais ainda essa profissão. É uma grande honra receber o documento que me habilita a exercer a advocacia de suas mãos”.
Andrey Cavalcante destacou o esforço e dedicação do mais novo colega, que apesar de tantas barreiras encontradas pelo caminho não se deixou abater e seguiu em frente. “A sua determinação me faz sentir ainda mais vontade de lutar pela valorização da advocacia”, enfatizou Andrey.
A presidente da Comissão Especial de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD), Evany Gabriela Córdova Santos Marques, presente na solenidade, afirmou que o ingresso de Célio Javoski ao quadro de advogados, é exemplo de superação, e a Comissão agora amplia suas chances de alcançar com mais eficiência o cumprimento de seu papel social de cidadania, uma vez que este se dispôs a colaborar como membro.
“Em diversos países, as pessoas com deficiência vêm mostrando que, quando participam com igualdade de oportunidade nos diversos setores da sociedade que se interessa por defender este grupo social, se é a própria pessoa com deficiência que se auto-representa, amplia notavelmente o conceito de cidadania e revela o real significado da palavra “inclusão”. Com isso os resultados se apresentam muito mais concretos, uma vez que partem não de suposições, mas de vivências e experiências dentro da própria deficiência, o que coaduna com os propósitos desta Comissão”, enfatizou.