“Clênio Amorim foi um mestre”, disse Vera Paixão durante sessão do Conselho Seccional que entregou moção de aplausos ao advogado e ex-jurista do TRE-RO

“Eu estou realmente muito emocionada e essa homenagem eu vou guardar para o resto da minha vida”, disse Clênio Amorim, antes de ser aplaudido de pé por todo o Conselho Seccional ao receber a moção de aplauso, nesta sexta-feira (16), durante a 468ª sessão ordinária do Conselho Pleno da OAB-RO.

A homenagem foi aprovada pelo Conselho Seccional pelos relevantes serviços prestados no Tribunal Regional Eleitoral, enquanto ocupou, por quatro mandatos, a vaga de juiz destinada à classe da advocacia. Clênio Amorim esteve na corte eleitoral do estado nos biênios de 1996/1998, 1998/2000 e 2018/2020 e 2021/2022. Decidiu não mais concorrer em virtude da saúde.

Em nome da Conselho e de toda a advocacia de Rondônia, a vice-presidente Vera Lúcia Paixão enalteceu a carreira jurídica de Clênio Amorim, destacando seu reconhecimento nacional. “Clênio Amorim foi um mestre, um estudioso e nos brindou com várias obras. No decorrer desses anos todos foi nos ensinando, direcionando, para que pudéssemos atuar na advocacia eleitoral”, disse Vera.

A vice-presidente ainda enfatizou que a homenagem é um singelo reconhecimento. “Tudo o que fizermos é pouco para contemplar o grande jurista que você é. Você se superou por sua atuação como jurista e como ser humano, sua luta para sempre estar lá e cumprir sua missão. Receba todas as nossas homenagens e agradecimentos”.

O líder da advocacia rondoniense, presidente Márcio Nogueira, agradeceu o privilégio de poder homenagear Clênio Amorim. “Para nós é um privilégio estar na presença de Clênio Amorim e entregar essa moção de aplausos”, afirmou.

Ao falar, o advogado se emocionou e relembrou sua trajetória profissional, citando vários profissionais da advocacia com quem conviveu. “Durante todo esse trajeto, eu frequentei e passei a ocupar vários cargos públicos. Nesses cargos públicos sempre procurei tratar bem os funcionários. Por onde passei fiz grandes amizades. Fui para o Tribunal em 1996 à 2000. Em 2008, fui penalizado com o AVC, que me impossibilitou e me deixou numa cadeira de rodas, mas com muito esforço e com ajuda da minha família, e em 2018, vossas excelências me deram a chance de voltar ao TRE. Eu precisava. E também me deram a oportunidade em 2020. Eu procurei fazer por merecer. É responsabilidade muito grande, quando nós estamos vestindo uma outra capa preta. Se uma já é muito difícil, imagine duas. Porque ao julgar, nós contrariamos interesse, alguém é prejudicado e eu sempre lembro lá na corte, com os meus colegas, uma frase Jean Val Jean, ‘Ser bom é fácil, difícil é ser justo’”, disse.

Ele finalizou dizendo que “gostaria que todos os advogados, em especial aqueles que militam no eleitoral, que pudessem fazer parte do TRE, para ter a responsabilidade de julgar e não esquecendo-se da prestação jurisdicional célere. Quando eu pude, eu sempre recebi advogados, a hora e o lugar que fossem”.

Clênio Amorim ainda falou que ano passado sofreu outro AVC que prejudicou sua memória.

Carreira

Procurador do ex-Território Federal de Rondônia, defensor público, assessor jurídico do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE/RO), advogado aposentado da União, advogado voluntário no TRE/RO, autor da obra ‘Eleições Municipais 1996/2000/2004’, e cartilha eleitoral ‘Condutas Vedadas aos Agentes Públicos em Campanhas Eleitorais’ 2014, recebeu comendas da Câmara Municipal de Porto Velho como título “Amigo de Porto Velho” e da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE/RO), com o título “Moção de Aplauso”, pela obra ‘Eleições Municipais 2000’.