Após quase três meses de fortes chuvas e várias áreas alagadas em todo o estado, um comitê formado por representantes da União, Estado e Município conforme determinação da Ação Civil Pública, impetrada pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rondônia (OAB/RO), iniciaram os trabalhos de avaliação do acervo localizado na Estrada de Ferro Madeira Mamoré.
Seguindo as orientações da ação impetrada pela OAB, o grupo deverá emitir relatórios diários e apresentá-los a Justiça Federal a cada dez dias tendo em vista que as águas do Madeira invadiram grande parte do complexo da Estrada de Ferro, afetando boa parte dos galpões, maquinário e muitas peças do acervo do museu.
OAB/RO solicitou ainda que o Iphan catalogasse as peças do acervo, o que foi feito através de ajuda do 5° Bec que forneceu um catálogo que indicava as peças do museu. A partir deste catálogo foi possível identificar as peças que foram retiradas e as que ainda estavam no museu para elaborar os primeiros relatórios técnicos sobre a recuperação do acervo da EFMM.
Um trabalho de remoção foi realizado no galpão evitando que diversas peças fossem danificadas. A remoção foi efetuada em duas etapas. Na primeira etapa foram retiradas as peças menores, na segunda, contando com a colaboração do 5º Batalhão de Engenharia e Construção (5º BEC), foram retirados estantes e armários mais pesados. Todo o material foi recolhido à Superintendência Estadual de Turismo (SET), situada no edifício conhecido como Prédio do Relógio. O presidente da OAB/RO, Andrey Cavalcante, afirma que aguarda agora os primeiros relatórios para avaliar os possíveis danos causados ao acervo histórico de Rondônia.