Estamos em pleno efervescer das festividades de final de ano. Dezembro chegou há três dias e pouca gente se deu conta que antes do fim do mês, nasce o menino Jesus – o Nazareno.
E sem aquele clima meio místico, voltado para as emoções nesta época do ano, por enquanto, o assunto que domina o reduto dos que pensam é sempre o mesmo: Falar em dificuldades, tanto no comércio de bens e serviços, quanto nas administrações pública e privada.
E o andor segue. Reclama-se da seca de capitais em todos os setores da vida, principalmente nos lares daqueles a quem o destino só deu um “tiquinho” de sorte e, sem esperança, eles se debatem nos caminhos ignominiosos da fome, da falta de emprego e da miséria absoluta.
Enquanto isso, o país agoniza. Outra miséria, a moral, é um verdadeiro triunfo na vida pública de homens mal paridos. Por conta disso, o juiz Sérgio Moro, “Lava a jato”, quase todo dia, na base da canetada, o resíduo desse distúrbio intestinal.
Já o chefe da Nação, ao invés de envolver-se na resolução dos maiúsculos problemas que estão sobre sua mesa, pelo visto, tem ocupado tempo queimando neurônios no varejo; ora se desculpa pelas trapaças de seus ministros, ora ele próprio, envolvido na lambança, acaba sendo autor, ator e espectador de seu próprio espetáculo.
Sem descer amiúde, até pilhado foi em gravações incompatíveis com as práticas republicanas. Estava cuidando do privado, enquanto o público apodrecia sob o olhar perplexo de uma frouxa Nação.
As tais reformas tão perseguidas, com triunfo da corrupção de seu governo, acabaram estacionando no casuísmo do “improdutivo debate” e o país parou.
Tudo leva a crer que, com o depoimento de Marcelo Odebrecht, a federação entre de vez em colapso, abraçada com suas “Flores de dezembro”. Queira Deus isso não aconteça!
Ora, o Brasil corroído nas suas entranhas, não agüenta mais passar o seu dia a dia, apenas tratando de questões relacionadas à corrupção. Precisa arregaçar as mangas e trabalhar com zelo ardente, para resolver os problemas que a vida oferece, comuns a todos os seus habitantes.
Continuar prestigiando a artificialidade e o improviso nas ações de governo, tem sido burrice, problemas sérios estão aí a desafiar a razão e por conta disso, o anseio popular está no lixo.
Crise, ao que se sabe, se vence é com criatividade na percepção dos problemas urgentes e na busca de conseqüentes soluções, mitigando ações com inteligência, coragem e desprendimento.
Sem fantasias, os governantes precisam encontrar soluções rápidas para a questão do desemprego que minou, para o caos da saúde que deteriorou, para o arremedo de educação ministrado nas escolas e para a segurança pública que mata por minuto, recrutando jovens, ainda na mais tenra idade, para os quartéis da criminalidade.
Governo que é governo é bom que se observe, tem de dar um lápis ao seu povo e ensinar-lhe a escrever a palavra esperança. Do contrário, creio, é sofismar, é debochar, é fazer chacota com o ferido brio nacional, até quando os tais excluídos resolverem agüentar e se rebelar. E aí será tarde.
É tempo de reflexão. AMÉM.