O agravamento da crise do coronavírus no interior do Estado de Rondônia foi motivo de debate e deliberação para tomada de decisões da OAB Rondônia nesta quinta-feira (23), entre o presidente da Seccional, Elton Assis, e os presidentes das Subseções. Dentre os problemas apresentados, está no colapso do sistema de saúde, principalmente leitos de UTI’s e o número de médicos em atendimento.
De acordo com o Relatório de Ações Sistema de Comando de Incidentes Covid-19 Sala de Situação Integrada, de 23 de julho, a Macrorregião II – que tem o município de Cacoal como referência – está com 100% de ocupação nos leitos de UTI.
“A OAB está e continuará adotando todas as medidas necessárias para amenizar essa situação. Levantamos várias circunstâncias que se repetem em diversos municípios. O interior do Estado apresenta aumento acentuado de casos, inclusive de mortes. Nós não podemos ficar parados esperando um agravamento ainda maior dessas ocorrências. São necessárias atitudes céleres”, detalha Elton Assis.
Durante a reunião, foram relatadas ainda a preocupação com o descuido com o isolamento social; a possibilidade de volta às aulas nos próximos meses; o preocupante número de profissionais da área da saúde infectados ou afastados por pertencerem ao grupo de risco e a dificuldade para suprir essas vagas; a capacitação de pessoal para atendimento às demandas da crise, como o procedimento de intubação; o aumento de cuidados sanitários nas unidades prisionais, entre outros.
“Entendemos que neste momento estamos enfrentando dois grandes ‘maus’. Por um lado a saúde e por outro lado a economia. É difícil encontrar um equilíbrio em bom termo. Mas para amenizar essa situação, acredito que é necessária a criação de um comitê com os presidentes das Subseções da Macrorregião II, juntamente com representantes do Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero), e Conselho Regional de Enfermagem de Rondônia (Coren), entre outros, a fim de fiscalizar, discutir e adotar as medidas necessárias visando conter a crise instalada nesses municípios, que tem como referência a cidade de Cacoal”, finalizou o presidente da OAB Rondônia.
Para o presidente da Subseção de Cacoal, Diógenes Nunes de Almeida Neto, que solicitou a reunião juntamente com o presidente da Subseção de Rolim de Moura, Marcio Antônio Pereira as medidas nessa região precisam ser conjuntas. “Observamos a necessidade de realizar algumas ações voltadas para a Macrorregião II, pois esses municípios estão todos interligados. É necessária essa interação para adoção de medidas conjuntas com mais eficácia. Assim, aliados à Seccional, podemos requerer com mais força aos órgãos competentes”, explicou Diógenes Nunes.
“A tendência que estamos observando é a situação caminhar para o caos. Temos visto uma estrutura completamente fragilizada de combate e um isolamento social que não está sendo observado. Por isso nossa preocupação de tomar atitudes. Não vimos nenhum investimento em infraestrutura nessa região, por isso necessitamos da criação de uma força tarefa para atender essa crise”, declarou o presidente Marcio Antônio Pereira.
Participaram também da reunião a vice-presidente da Seccional Rondônia e diretora da Escola Superior de Advocacia de Rondônia (ESA/RO), Solange Aparecida; os presidentes das Subseções de Ji-Paraná, Jefferson Freitas Vaz; de São Miguel do Guaporé, Ricardo Serafim Domingues da Silva; e Vilhena, Vera Lúcia Paixão; as conselheiras seccionais de Rondônia, Mahira Waltrick Fernandes e Regiane Teixeira Struckel; também da Subseção de Rolim de Moura, a secretária-geral adjunta, Lídia Ferreira Freming Quispilaya e o ex-presidente, Ronny Ton Zanotelli; e a advogada e presidente do Conselho Municipal de Saúde de Cacoal, Francisca Janete.