O auditório da OAB Rondônia ficou lotado na noite desta segunda-feira (29) durante a cerimônia de entrega de credenciais aos 45 jovens advogados e um estagiário. Amigos, familiares e convidados testemunharam o compromisso prestado ao presidente Márcio Nogueira e os discursos de agradecimento e congratulações pela jornada de cada um até esse momento. Um dos presentes foi o Indígena Luís Fernando Adriano Cassupá. Em sua trajetória ele conta que superou desafios e um dos maiores foi fazer o Exame de Ordem sem vade mecum.
“Eu sempre tive o sonho de ser advogado. E o que mais me motivou foi o fato do meu pai ter sido preso, quando foi confundido com outra pessoa. Eu vi que eu sendo advogado eu poderia ajudar mais pessoas. Por isso, hoje é a realização de um sonho. E a maior prova foi a segunda fase do exame de Ordem que eu esqueci o vade mecum. Mas, deu tudo certo”, comemorou o novo advogado. Ele é o segundo da família a ingressar nos quadros da OAB-RO.
Quem também brilhou foi a oradora da turma. Isadora Silveira Fagundes disse que há exatos 5 anos sequer pensava em pisar em uma tribuna. “Confesso que o também não pensava em fazer o direto, mas hoje agradeço porque o curso me escolheu. Agradeço também à milha família e digo que vocês foram o pilar, para todos nós, de um modo geral”, frisou.
Após receber o compromisso, Marcio Nogueira, presidente da OAB-RO, falou que servir à “Ordem nos faz evoluir como pessoa e como profissionais”. Ele também ressaltou que o “advogado do futuro não é o que mais sabe a norma, não é o que mais decorou a jurisprudência. Lá atrás você ficava ali decorando e quando você se formava você detinha o conhecimento e as pessoas te procuravam por isso. Aí, a tecnologia veio e mudou isso. O mundo quer advogados que se dispõem a cuidar das pessoas, que gostam de gente. Que conhecem a técnica e sabem têm a capacidade de ser empático, atender bem o cliente e resolver o programa dele”.
O líder da advocacia rondoniense ainda reforçou a importância da ética e da defesa das prerrogativas profissionais. “O maior patrimônio do advogado é como a comunidade dele o enxerga. Um deslize com a ética faz um dando irreparável. E não aceitem, em hipótese alguma, violação de suas Prerrogativas”.
Maria Rezende, presidente da Comissão de Acolhimento ao Jovem Advogado (Caja), parabenizou pela caminhada. “Tenho certeza que esse caminho não foi fácil. E agora podemos dizer que estamos orgulhosos. E contem com a Comissão de Acolhimento, contem com a OAB”, disse.
Leonardo Lima, vice-presidente da Comissão da Jovem Advocacia, deixou o discurso escrito de lado e falou com o coração. “Eu sei exatamente o que passa na cabeça de vocês, jovens advogados, e também no coração dessas pessoas que encorajaram vocês, pai, mãe. A OAB é casa da cidadania, é uma família. Que vocês possam pegar na nossa mão e não largar mais”, afirmou.
Caroline Pontes, presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem, falou da emoção da solenidade de entrega de credencial e citou a jornada do Indígena Luís Fernando Adriano Cassupá, que recebia a entrega de credencial, e do estagiário Rogério. “São duas grandes histórias que me emocionam. O indígena pela perseverança em continuar e o Rogério, que ficou tanto tempo internado, na UTI, e não desistiu. Ele ainda é estagiário, mas é um exemplo de que a advocacia vale a pena”, disse.
Claudio Ramos, membro da Comissão de Igualdade Racial e professor da Escola Superior da Advocacia, ressaltou a importância de continuar estudando e da luta das minorias. No mesmo caminho, Marcia Rocha, coordenadora de Direito Administrativo da ESA, frisou que a “OAB te atrai como se fosse uma casa, você é acolhido”.
Lucia Sombra, secretária-geral adjunta da Caaro, falou sobre os benefícios oferecidos pela Caixa de Assistência dos Advogados, o braço assistencial da OAB, e deu boas-vindas aos jovens advogados.
Estavam presentes também a secretária-geral Aline Silva; o presidente da Comacrim, João Bandeira, a conselheira seccional Mara Andrade; o membro da Jovem Advocacia, Jonathan Costa.