Em solenidade realizada dia 15 de junho, no auditório do Fórum Jarbas Nobre, os juízes federais Jaqueline Conesuque Gurgel do Amaral e Flávio Fraga e Silva assumiram, respectivamente, a direção e a vice-direção administrativa da Seção Judiciária de Rondônia. A solenidade contou com a presença dos juízes federais e inúmeras outras autoridades do Tribunal de Justiça de Rondônia, Tribunal Regional do Trabalho, Ordem dos Advogados do Brasil, Exército Brasileiro, Tribunal Regional Eleitoral, Ministério Público Federal, Polícia Federal e Procuradorias Federais, dentre outras.
A juíza Jaqueline Gurgel é a primeira Juíza Federal rondoniense da instituição, nascida em Porto Velho, já foi servidora da Justiça Federal e do Tribunal Regional Eleitoral e atualmente é titular da 6ª Vara. O magistrado Flávio Fraga é atualmente o presidente da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Estado de Rondônia.
Em seu discurso de despedida do cargo, o juiz Marcelo Stival disse sair da função diretiva com sentimento de agradecimento e tranquilidade por feito o que possível para que a instituição fosse reestruturada administrativamente e funcionasse normalmente, apesar da crise econômica e política, que, segundo ele, “é uma crise do brasileiro”. Stival agradeceu também às diversas entidades que colaboraram com sua administração, elogiou o desempenho dos servidores da casa e registrou elogio especial ao servidor Waldirney Guimarães de Rezende, diretor administrativo da seccional, que foi substituído pela servidora Aline Freitas, do T. R. E, na direção da Secretaria Administrativa.
Já a nova diretora do foro disse inicialmente: “Eu não queria estar aqui hoje. Os colegas mais próximos sabem o dilema que foi decidir estar aqui. Na verdade, dentro de mim não me sinto com as habilidades necessárias para essa função tão relevante: Administrar. No entanto, após meses de medição no assunto, senti uma força me compelindo a assumir, um sentimento de quer era o meu momento, o meu dever. O Evangelho Segundo o Espiritismo ensina que o ‘dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma, primeiro; e, em seguida, para com os outros. O dever é a lei da vida’.
E prosseguiu: “Aceita a tarefa, vieram os parabéns. Fiquei me perguntando: por que parabéns? Eu nada fiz. A rigor não se trata de uma conquista. E me lembrei que quando engravidei, me apavorei um pouco. Então, ainda chocada com a notícia, não entendia o porquê de receber parabéns por estar grávida. Afinal, não é nada demais, faz parte da lei natural. Quando a minha bebezinha nasceu e à medida que o meu amor crescia na mesma proporção que ela própria até tomar conta de mim completamente, eu entendi o motivo dos parabéns. Os parabéns eram pelo que viria, pela imensa transformação que haveria em mim com achegada desse amor profundo. Pela grande benção que é ter um amor desse na vida. Pela certa felicidade vindoura. Então, na medida em que o tempo desde a minha indicação pelo Tribunal passou e eu fui me vestindo na roupa da diretoria do foro, uma alegria foi tomando conta de mim, os receios, quase todos, foram ficando para trás e então entendi que a Diretoria do Foro, para mim, seria como um filho. dá trabalho, mas traz muitas bênçãos. Ouvi isso do Marcelo em outras palavras em uma das nossas reuniões de transição, no enriquecimento que a experiência nos traz enquanto seres humanos.
E por falar em Marcelo, não posso deixar de mencionar que, como previ em sua posse na Diretoria do Foro, sua gestão passou brilhantemente. Nosso querido colega e amigo conseguiu manter a harmonia entre todo o corpo da Justiça Federal em uma época de crise. Crise financeira, crise institucional, crise de valores… Pessoa querida, acolhedora, sempre com um sim para projetos, ideias, buscando solucionar cada necessidade, ainda que isso significasse, e significou, assumir mais tarefas, mais trabalho, mais responsabilidades. Marcelo não fala mal de ninguém, não reclama de nada. Um exemplo para mim. Espero ser digna de sucedê-lo.
Também espero honrar, com as minhas ações, o nome que me deram os meus pais, os meus avós, os meus antepassados. Espero orgulhar o meu marido e minhas filhas. Espero cumprir meu dever. Que Deus nos abençoe! Muito obrigada!!” – concluiu a nova diretora do foro da Justiça Federal em Rondônia.
O juiz Flávio Fraga, por sua vez, durante sua fala, disse em síntese que vai estar sempre à disposição da diretora do foro, apoiando e trabalhando para que sua gestão seja a melhor possível.