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Maria Francisca Pereira da Cruz Carneiro: uma trajetória de dedicação à advocacia reconhecida no jubilamento

Página Inicial / Maria Francisca Pereira da Cruz Carneiro: uma trajetória de dedicação à advocacia reconhecida no jubilamento

Com uma carreira iniciada em 1981, sua contribuição à classe advocatícia é celebrada na Seccional.

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Inscrita nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rondônia sob o número 59 desde o dia 4 de setembro de 1981, Maria Francisca Pereira da Cruz Carneiro trilhou um caminho inspirador, que culmina em seu jubilamento após 44 anos de contribuição à classe advocatícia. No universo do Direito em Rondônia, a história desta advogada é rica em superação, dedicação e compromisso com a justiça.

À advogada carrega consigo não apenas sua própria história, mas também a de sua mãe, uma mulher nordestina que migrou para a Amazônia nos tempos áureos da borracha, trazendo no ventre o sonho de um futuro melhor para sua filha.

“Tenho muita história para contar. Começo com o mais marcante para mim. Um pouco da história de minha mãe. Cheia de sonhos, já me carregava em seu ventre quando a borracha ainda era nossa moeda de troca. Partiu do Nordeste com seu marido em busca de uma vida melhor. E quando nasci, infelizmente, minha mãe se viu só, sem conhecer ninguém e, ainda por cima, analfabeta.”

O tempo passou, mas sua mãe nunca deixou de alimentar grandes sonhos para ela e seus irmãos. Apesar das inúmeras dificuldades que enfrentavam, a maior aspiração era vê-la formada em Direito, algo que, diante da realidade da época, parecia inalcançável. Determinada a mudar esse destino, sua mãe buscou ajuda onde pôde e, com fé, decidiu procurar o bispo Dom João Costa.

“Sensibilizado, o bispo intercedeu em nosso favor e, graças a essa ajuda, consegui uma bolsa de estudos no Instituto Maria Auxiliadora, onde dei os primeiros passos rumo à realização do nosso grande sonho.”

Aprovada no Magistério, começou a lecionar em uma escola comunitária no bairro Tucumanzal, mas o desejo de seguir na carreira jurídica persistia.

 

“Surgiu a oportunidade de estudar no Rio de Janeiro, mas as dificuldades financeiras me fizeram retornar a Porto Velho. Foi muito difícil, eu não tinha condições financeiras de permanecer lá”, relembrou.

 

Logo depois, a família Gorayeb lhe ofereceu a chance de ir a Belém do Pará. “Eles estavam enviando os filhos para estudar e me convidaram para ir junto, sem custo para minha estadia na residência deles. Aceitei!” Ela cursou um preparatório para o vestibular e, com muito esforço, conquistou a aprovação no curso de Direito, alcançando a 54ª colocação.

 

 

 

 

“Aos finais de semana, desfilava como modelo para tentar complementar a renda. Meus irmãos ajudavam e minha mãe lavava roupa para fora para sustentar nossa família. Passamos muita necessidade, ao ponto de dormirmos com fome. Enfim, o grande dia chegou.”

 

Mais uma vez, as dificuldades financeiras persistem. Foi então que Francisco Chiquilito Erse apareceu em sua vida, comprometendo-se a ajudá-la mensalmente, permitindo que ela se mantivesse em Belém para concluir seus estudos. No entanto, essa ajuda veio acompanhada de uma condição.

“Ao me formar, deveria retornar para trabalhar em prol daquele que, mais tarde, de território se tornaria o Estado de Rondônia.”

Com essa oportunidade, ingressou no curso de Direito no Centro de Estudos Superiores do Estado do Pará (CESEP), onde se formou bacharel. Um momento marcante dessa trajetória foi a cerimônia de formatura, realizada no Teatro da Paz, em Belém, onde Chiquilito Erse era o patrono da turma.

 

 

 

“Dentre tantos formandos, eu e minha mãe éramos as únicas mulheres pretas fazendo parte daquela festa.”

Maria Francisca relembra que seu primeiro salário foi destinado a realizar o sonho de sua mãe: viajar ao Piauí para reencontrar seus familiares. Chiquilito lhe confiou a missão de dirigir a primeira Divisão de Legislação de Pessoal (DLP) e atuar como assistente jurídica na Comissão de Elaboração da Constituição do Estado, consolidando sua contribuição na construção de Rondônia.

“No ano de 1986, fui removida para o antigo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal – IBDF, como procuradora autárquica. Quando houve a extinção do IBDF, as atribuições foram transferidas para o IBAMA, onde continuei, já como procuradora federal, não mais autárquica. Posteriormente, me tornei procuradora federal da Advocacia-Geral da União, onde me aposentei.”

Maria Francisca Pereira da Cruz Carneiro não apenas construiu uma carreira de sucesso, mas também inspirou gerações com sua história de luta e superação. O evento de jubilamento da Dra. Maria Francisca foi realizado no auditório da OAB Rondônia, com a presença de colegas, amigos e familiares que celebrarão sua inestimável contribuição para a advocacia no estado.

Texto: Emanuelle Lima*
*Estagiária OAB Rondônia

Fonte da Notícia: Ascom OAB/RO

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