“Um atentando contra o Estado Democrático de Direito. Atos dessa natureza devem ser veementemente repudiados e certamente não irão calar a nossa Ordem que tem um histórico de luta em defesa de liberdade e da democracia”, declarou indignado o Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rondônia (OAB/RO), Andrey Cavalcante, em relação ao atentado ocorrido na tarde desta quinta-feira (07), na sede da Seccional da OAB do Rio de Janeiro. O Presidente da Seccional afirmou ser solidário e aliado ao Conselho Federal no desejo de que as autoridades identifiquem com a máxima urgência a autoria das ameaças.
A explosão de um rojão em um dos andares da sede da Seccional provocou a retirada dos funcionários do prédio na tarde desta quinta-feira (7). Ninguém ficou ferido. Após uma varredura do Esquadrão Antibombas e Corpo de Bombeiros, outros dois rojões semelhantes foram encontrados no prédio da OAB, fora o que explodiu. Todos estavam juntos, na escada que liga o 8º ao 9º andar. Segundo os agentes, a ação tinha, aparentemente, o objetivo de assustar.
Wadih Damous, Conselheiro Federal e ex-presidente da Seccional, acredita, conforme declarou à imprensa, que a bomba pode ter relação com militares envolvidos na morte da secretária da OAB, Lyda Monteiro, em agosto de 1980. Damous presidirá, a partir da próxima segunda-feira, a Comissão da Verdade do Estado do Rio, que irá analisar crimes cometidos durante a ditadura militar. Ele considerou o caso como provocação e disse que o atentado de 1980 será um dos primeiros a serem investigados pela nova comissão. Ele disse ainda ter recebido informações do Disque-Denúncia sobre os supostos artefatos que teriam sido colocados no edifício por um militar da reserva, em represália à sua posse. A pessoa que jogou a bomba ainda não foi identificada.