A morte de um dos maiores símbolos mundiais da luta pacífica pela igualdade de direitos raciais, o advogado sul-africano Nelson Madela, levou o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil a decretar nesta sexta-feira (06), luto oficial por três dias na entidade.
Andrey Cavalcante, Presidente da OAB/RO, declarou lamentar a morte do mártir que, na sua visão, “deixa ao mundo um exemplo de idealismo, força de vontade e determinação na busca incessante contra a segregação racial, sempre em defesa da democracia e da liberdade humana. Mandela soube ser um líder, pacificador e conciliador de conflitos. Sua vida deve servir de modelo para muitas gerações”.
O Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Seccional, Rodolfo Jacarandá, pontua que Mandela “é o último grande símbolo de uma época em que o reconhecimento dos direitos humanos ainda não era consenso em todo o mundo. Devemos muito à ele, que por meio de um enorme sacrifício pessoal ajudou o mundo a não ter mais dúvidas sobre a imperiosa necessidade de reconhecer a igualdade de direitos para todos. A melhor homenagem que podemos fazer à ele, é aplicar essa ideia em sua totalidade”.
Mandela formou-se em Direito em 1943 e logo depois abriu o primeiro escritório de advocacia formado por negros na África do Sul. Foi na lide diária que se conscientizou do abismo que separava negros e brancos no país, o que o motivou a partir para a vida política.
Sua luta em defesa dos direitos humanos é marcada pelo manifesto “Um homem, um voto”, que denunciava a disparidade da concentração do poder em sua pátria, onde 2 milhões de brancos dominavam 8 milhões de negros.
“Tudo parece impossível até que seja feito”
Como líder político Mandela foi perseguido e preso em 1962, quando iniciou na África do Sul o regime de segregação racial, Apartheid.
Preso por 27 anos, foi libertado em 1990. Três anos depois foi vencedor do prêmio Nobel da Paz e eleito presidente da nação em 1994, ano em que os negros puderam votar pela primeira vez.
Com informações do Conselho Federal da OAB