Discutir profundamente o tema e elaborar políticas públicas para assistir melhor às famílias de dependentes químicos, bem como os próprios dependentes, é um dos principais objetivos do 1º Seminário de Políticas Públicas sobre Drogas de Porto Velho, com o tema “Família, Sociedade e Codependência”, que teve início nesta quarta-feira (21), no auditório da Ulbra. O evento contou com apoio da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rondônia (OAB/RO), entre outras entidades.
De acordo com o presidente do Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas de Porto Velho (Comad), Jorge Elarrat, o crescimento assustador do número de pessoas que se tornam dependente químicas, especialmente os jovens, “é uma clara demonstração de que alguma coisa está errada. Portanto é necessário adotar políticas públicas para resolver este grave problema”.
Representando o presidente da OAB/RO, no evento, o vice-presidente da Comissão de Defesa de Direitos Humanos da OAB/RO, Gustavo Dandolini, salientou a importância da discussão do tema, que hoje prejudica muitas famílias. Ele pontuou quanto a necessidade de conhecimento multidisciplinar e da união entre as entidades para promover amplo debate e apresentar propostas mais eficientes.
“Quanto mais este tema for debatido, quanto mais especialistas se juntarem para discutir o tema e a sociedade participar, Porto Velho irá evoluir na prevenção do uso de drogas”, comentou Dandolini. Ele ainda deixou para reflexão dos organizadores do seminário um tema complexo: a forma como o judiciário, em todo o país, trata os dependentes químicos custodiados que geralmente são criminalizados pelo sistema.
A proposta do evento, ao final dos debates e palestras, que acontecem também no dia 22, é ao final elaborar um plano de ação com o planejamento das políticas públicas que podem contribuir para amenizar o sofrimento das famílias e dos dependentes.
Após abertura solene, ocorreu a palestra: Protagonismo familiar, ministrada por Cristiano Correa de Paula, psicólogo forense e mestre em educação. No dia seguinte acontecem outras palestras entre elas: Justiça Terapêutica: Pessoas privadas da liberdade e dependência química; Modelos Familiares: Família facilitadora (fatores de risco e proteção), paternidade responsável, alienação parental e Profissionais e Codependência
O seminário é aberto ao público e as inscrições podem ser realizadas no dia no local do evento sem custo algum.
Confira a programação completa desta quinta-feira(22):
Manhã
08h00min – Palestra Justiça Terapêutica: Pessoas privadas da liberdade e dependência química – Palestrante: Dra. Sandra Silvestre de Frias Torres, juíza do Juizado Especial Cível e mestre em direitos humanos;
09h05min – Palestra Modelos Familiares: Família facilitadora (fatores de risco e proteção), paternidade responsável, alienação parental – Palestrante: Dr. Paulo Renato Vitória Calheiros, doutor em psicologia e Paulo Rogério Moraes, mestre em psicologia;
10h25min – Intervalo;
10h35min – Palestra Desligamento emocional – Palestrante: Orlando Francisco de Souza, advogado);
11h20min – Palestra Recursos Públicos (aparelhamento) – Palestrante: Profa Josélia Ferreira da Silva, secretária municipal de assistência social;
12h00min – Intervalo para o almoço;
Tarde
14h00min – Palestra Profissionais e Codependência – Palestrante: Daniel Amaral Lima, psicólogo;
15h00min – Palestra Projeto e atividades do grupo ABRAÇO – Palestrante: Cristiano Correa de Paula, psicólogo forense e mestre em educação;
15h45min – Intervalo;
15h55min – Palestra Conhecendo os grupos de apoio e mútua ajuda – Palestrante: Janes Júlio de Campos, técnico em prevenção e recuperação ao uso indevido de drogas;
16h30min – Palestra Trabalhos institucionais de entidades que trabalham com dependência química – Palestrante: Giuseppina Maria Fulco, diretora geral da Associação Casa Família;
17h20min – Avaliação do Seminário e preparação para o Fórum;
17h40min – Mostra Cultural: Cia de dança Chagas Péres;
18h00min – Encerramento.