A Seccional Rondônia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RO) se reuniu, na última semana, com o reitor da Universidade de Rondônia (Unir), Ari Miguel Teixeira Ott. O objetivo do encontro foi solicitar da instituição de ensino a contratação intérpretes de libras e professores surdos para atuarem na universidade.
A OAB/RO foi representada pela vice-presidente, Maracélia Oliveira; presidente da Comissão Especial de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD), Evany Gabriela Córdova; membro da CDPD, Belzira Shockness Simôa; e membro da Comissão de Defesa das Prerrogativas (CDP), Saulo Correia.
“Sem intérpretes e sem presença de professores surdos em sala de aula, os alunos não têm condições de participar de todas as atividades da universidade da mesma forma como fazem os ouvintes”, ressaltou Maracélia Oliveira, chamando a atenção para a necessidade de as universidades públicas, em especial, ampliarem seus programas de acessibilidade, de modo a garantir a todos o direito à educação superior.
A presidente da CDPD afirma que os acadêmicos surdos, normalmente já enfrentam inúmeras barreiras socioambientais até chegarem às universidades. “A falta de intérprete que é classificada como barreira de comunicação, faz com que sua participação plena e efetiva na universidade seja obstruída significativamente impedindo-os de obterem efetiva aprendizagem em igualdade de condições com os demais colegas acadêmicos ouvintes, causando danos irreversíveis ao desempenho dos mesmos”, comentou Evany, destacando que é missão da Comissão acompanhar e assegurar que as pessoas com deficiência vivam de forma plena todos os seus direitos e liberdades fundamentais assegurados em leis.
Nesta segunda-feira (29), uma reunião será realizada no Ministério Público Federal, com a presença de representantes da OAB/RO, para debater o tema.