A Seccional Rondônia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RO), por meio da Comissão Especial de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD), se reuniu, na segunda-feira (29), com representantes da Universidade de Rondônia (Unir) e o procurador da República Raphael Bevilaqua, no Ministério Público Federal (MPF), em Porto Velho. O encontro serviu para tratar sobre a contratação de intérpretes de libras para a instituição.
Pela OAB/RO estavam presentes a presidente da CDPD, Evany Gabriela Córdova e os membros da Comissão: Júlio Cesar Soliz e Belzira Shockness Simôa. A Unir foi representada pelo reitor, Ari Miguel Teixeira Ott; vice-reitor, Marcelo Vergotti; e o chefe de gabinete da Unir, professor Adilson Siqueira de Andrade.
A presidente da CDPD explica que a primeira providência foi uma reunião com a Unir para verificar que medidas estavam sendo tomadas para sanar a falta de professores intérpretes para atendimento a acadêmicos surdos matriculados no estado. “Diante da justificativa da impotência da Universidade em abrir tantas vagas para contratação dos profissionais intérpretes, resolvemos ir até o MPF para juntos buscarmos soluções”, salienta Evany Córdova.
Na última sexta-feira, a Unir instituiu uma bolsa para intérpretes que possuem proficiência em libras. “É um desafio a questão dos surdos na universidade. Não há solução técnica”, comentou Ott.
Ao final da reunião, ficou definido que a Unir se comprometerá, com um prazo de cinco dias, em informar quais são os acadêmicos que precisam do atendimento. Além disso, informará qual a demanda e as medidas que podem ser adotadas apontando as dificuldades. Após a resposta, será estudada a possibilidade de se ingressar com uma ação civil pública.