O painel de fundamental importância foi presidido pela presidente da Comissão da Mulher Advogada da Subseção de Alvorada do Oeste, Camila Batista Felici de Oliveira, na tarde desta quarta-feira (25), durante a II Conferência da Mulher Advogada e contou ainda com a participação de Evanilde do Nascimento Marinho, coordenadora de Combate a violência contra a mulher e Ouvidora da Mulher da OABRO, da presidente da Comissão da Mulher da OABPR, Mariana Lopes, a conselheira federal pela OABSP, Daniela Campos Libório e a promotora de justiça, Eiko Daniele Vieira Araki.
Ao abrir o painel, Camila Felici lembra que além de tratar de questões volta
das para o combate à violência doméstica contra a mulher, deve-se adotar medidas a fim de assegurar atendimentos mais humanizados às vítimas. Corroborando com o pensamento, Evanilde Marinho destacou que a Ouvidoria da Mulher da OABRO tem por objetivo padronizar e aprimorar a qualidade e eficiência da prestação jurisdicional e proteção das vítimas de violência doméstica.
Ao falar sobre a influência das cidades na violência contra a mulher, Daniela Libório, reforçou sobre a necessidade de se fazer uma leitura sobre a territorialidade, tendo em vista que é uma análise ainda não abordada dentro da temática, seja pelas políticas institucionais ou políticas públicas, já que há uma grande relação de vulnerabilidade entre local e a violência.
Mariana Lopes falou sobre o acolhimento da mulher dentro dos juizados e lembrou que agora além das plataformas do Ligue 180 e do Disque 100, que já existiam, o Ministério da Mulher oferece contatos por WhatsApp e por um aplicativo próprio chamado “Direitos Humanos Brasil”, e em cada estado também existem redes de apoio às mulheres vítimas de violência doméstica.
A promotora Eiko Danieli, destacou o elevado número de casos de violência registrados no Brasil: só em 2020, período em que foram adotadas medidas de isolamento contra a pandemia da Covid-19, foram registradas 105.821 denúncias de violência contra a mulher nas plataformas do Ligue 180 e do Disque 100. Ela destacou o município de Ji-Paraná, onde foram mais de mil registros e o número de casos de violências concretizadas é ainda maior, pois ainda existem muitas mulheres que tem medo de denunciar o agressor. “As campanhas são fundamentais para o empoderamento da mulher e para encorajá-las a denunciar”.
A II Conferência da Mulher Advogada de Rondônia, acontece virtualmente. O evento é realizado pela OABRO, por meio da Comissão da Mulher Advogada da Seccional (CMA/RO), Escola Superior de Advocacia de Rondônia (ESA/RO) e Caixa de Assistência dos Advogados de Rondônia (CAARO).
Programação e inscrições
Ainda dá tempo de participar dos próximos painéis que seguem durante todo o dia desta quinta-feira (26). As inscrições são gratuitas e a transmissão está sendo realizada exclusivamente aos inscritos por meio da home oficial https://cma.oab-ro.org.br.