Garantir a efetiva participação das mulheres na política foi o grande foco do painel “Mulheres na Política Partidária”, realizado nesta quinta-feira (26), durante a II Conferência da Mulher Advogada de Rondônia. A deputada federal Jaqueline Cassol foi a primeira palestrante, quando falou sobre os Reflexos da Pandemia nas Eleições Partidárias e aproveitou para chamar a atenção de todos para a importância de aumentar a representatividade da mulher na política.
Conforme a deputada, embora as mulheres representem mais de 50% do eleitorado brasileiro, na Câmara Federal são apenas 15%, ou seja, dos 513 parlamentares 79 são mulheres. Porém, Jaqueline diz que por mais que essa representatividade seja pequena na Câmara Federal em números, as mulheres são as que mais apresentam e têm projetos aprovados, o que mostra a efetividade do trabalho desenvolvido por elas na política e sua evolução ao longo dos anos”, explicou.
Ao abordar a “Evolução da Política Partidária Feminina”, a conselheira federal pela bancada da OAB/MG, Luciana Nepomuceno, mostrou sua preocupação com a Proposta de Emenda à Constituição – PEC 18/2021, aprovada pelo Senado e que chegou à Câmara Federal no dia 10 de agosto. A PEC fixa novas regras para a destinação de recursos em campanhas eleitorais e, para Luciana, há riscos de retrocesso em todas as conquistas das mulheres em termos de política partidária e processo eleitoral, caso os textos não sejam observados de forma criteriosa.
O painel contou com Iracema Cerruti, presidente da CMA na Subseção de Vilhena, na presidência da mesa, e como debatedora, Solange Silva, vice-presidente da OABRO. Solange conclamou senadores e deputados federais de Rondônia a não permitirem que os avanços conquistados pelas mulheres na política partidária sofram um retrocesso. “É fundamental que a classe política esteja comprometida com a luta pela igualdade de gênero e que a sociedade tenha a consciência da importância de uma representatividade maior das mulheres na política”, finaliza Solange.