A Seccional Rondônia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RO) irá realizar um Ato Público contra a Reforma da Previdência. A decisão foi tomada na quarta-feira (22), na sede da Ordem em Porto Velho, onde o presidente, Andrey Cavalcante, recebeu o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Sociais, Jacson da Silva Sousa.
“O Ato público irá marcar oficialmente a posição da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rondônia contra a Reforma da Previdência, que irá afetar, principalmente, os trabalhadores brasileiros. Por isso, convidamos toda a sociedade civil, entidades de classe e as 18 Subseções para se unirem na luta pelos direitos e garantias do povo brasileiro”, comentou Andrey.
O Ato Público será realizado por meio da Comissão de Defesa dos Direitos Sociais, juntamente com a diretoria da Seccional. “Muito pouco ou quase nada ficou debatido entre a sociedade civil e o governo federal sobre a Reforma da Previdência. O conjunto de organizações que funcionam em prol do estado democrático de direito não está participando da tomada de decisões, que afetará diretamente empregados, empregadores, empresas, instituições públicas e demais organizações”, salienta Jacson.
O presidente da comissão da OAB/RO também afirma que as definições que alteram drasticamente o tempo de trabalho e de contribuição previdenciária são frutos das decisões unilaterais de gestores públicos preocupados com apenas uma vertente dos interessados. Explica que no Direito, o negócio unilateral é um tipo de tomada de decisão em que somente uma das partes é beneficiada, ou seja, onde apenas um dos envolvidos é valorizado em detrimento de outro. Dessa forma, o trabalhador seria vítima de uma decisão previdenciária que beneficia exclusivamente o Estado, da forma mais conveniente.
“Por isso, a Comissão de Defesa dos Direitos Sociais da OAB/RO, em apoio ao “Ato Contra a Reforma Previdenciária” do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, se posiciona contrária à tomada de decisão do pleito, sem a participação popular efetiva, seja por meio de consulta online, plebiscito, ou outro meio em que se convalide a opinião pública, principalmente dos trabalhadores que engrenam a máquina do Estado Democrático de Direito”, enfatiza Jacson.