O relato da experiência do Laboratório de Inovação coordenado pela Conselheira Maria Tereza Uille Gomes, do Conselho Nacional de Justiça abriu, na manhã de hoje, 5, a programação do segundo dia do I Seminário de Inovação do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), no auditório do edifício-sede.
Na sequência da programação o presidente do TJRO, Walter Waltenberg Silva Junior, fez o Lançamento do Prêmio Justiça Inovadora, que reconhecerá e premiará ideias voltadas para o atendimento ao cidadão e a excelência da gestão, com reflexos positivos na prestação do serviço jurisdicional.
O tema como “Inovar com Métodos Ágeis”, apresentado pelo CEO da Agile Trends, Dairton Luiz Bassi Filho, destacou o aspecto da transformação digital que impacta empresas e instituições públicas. “Essa transformação ágil passa por mudança de comportamento, na forma como as pessoas se comportam; se posicionam; como a gestão é realizada; das pessoas; das equipes. Então, tem uma mudança aí, de mindset, de forma de atuação. As pessoas assumem uma postura muito mais protagonista, atuante, porque, cada vez mais, vai depender da intervenção das pessoas”, disse.
Já a apresentação da Diretora do Foro da Seção Judiciária de São Paulo, Luciana Ortiz Tavares Costa Zanoni, disseminou a cultura da inovação com o case iNovaJusp, primeiro laboratório de inovação do judiciário, que é uma arena de desenvolvimento de projetos para a instituição onde o usuário do serviço é o cidadão. “É uma forma diferenciada de desenvolvimento de soluções para os nossos problemas, que são construídos e idealizados a partir de um processo de cocriação. Então acreditamos que essa nossa experiência possa contribuir para o desenvolvimento da inovação em outros locais porque nós sentimos, dentro da sessão judiciária de São Paulo, um engajamento muito grande dos servidores com o propósito de aprimorar o seu serviço, eliminar burocracias e não só esperar pelo desenvolvimento tecnológico. Precisamos enfrentar outros desafios e outras mudanças que perpassam pelos designers organizacionais do nosso serviço, pela reorganização estratégica, enfim… a inovação deve estar no contexto de toda a espinha dorsal da gestão judicial”.
Inovação com foco nas pessoas
Durante todo o dia de ontem, palestras, debates e dinâmicas movimentaram a rotina dos servidores do Tribunal. Uma das palestrantes, Aurineide Alves Braga, consultora na área comportamental e desenvolvimento organizacional, abordou sobre a temática. “Quando se fala sobre inovação geralmente se alia inovação à tecnologia e para por aí. O meu foco é nas pessoas, que é fundamental. O TJRO tem estrutura tecnológica, de edifícios, de equipamentos, tem tudo, mas se as pessoas não se mexerem, não se voltarem e não aderirem, não vai acontecer”. Ela acrescenta, ainda, que “a inovação depende muito da inquietude. Se não houver, as coisas vão continuar da mesma forma. A inovação só acontece na hora que for colocada em prática e quem pratica são as pessoas. Se elas criarem resistência, não se permitindo, nada vai acontecer”, concluiu.
A inovação, nas suas mais diversas áreas de aplicação, tem sido valorizada e incentivada no ambiente de trabalho do TJRO que, além de um Escritório de Inovação, conta, também, com um Espaço de Cocriação, onde as pessoas podem desenvolver técnicas como design thinking.